domingo, 8 de outubro de 2017

Síndrome de Burnout

To burn out, expressão de origem inglesa com o sentido de queimar por completo, foi usada pelo psicologista alemão Herbert Freudenberger em 1970 para nomear a sindrome mais badalada dos últimos tempos: a Síndrome de Burnout, também chamada "Síndrome do Esgotamento Profissional", da qual foi vítima e diagnosticada por ele mesmo. Seu símbolo internacional é um "palito de fósforo queimado".

O termo "burnout" começou a ganhar popularidade a partir de então, especialmente entre pessoas que trabalhavam em serviços humanitários, como assistentes sociais, e de saúde mental, a exemplo de médicos psiquiatras e psicólogos. Hoje em dia, seu uso tornou-se abrangente, atingindo dentistas, enfermeiros, funcionários de clínicas, hospitais, planos de saúde, professores, jornalistas, policiais. Enfim, todas as pessoas que têm algum trabalho em contato com o público que, de alguma maneira, exerce algum tipo de pressão.  

Nem a própria dona de casa escapa do Burnout devido às cobranças dos familiares. Há uma perda da energia ou entusiasmo por causa do trabalho exaustivo. Mas, o problema não é apenas o excesso de trabalho e, sim, por exemplo, uma indignação, frustração, decepção, um não reconhecimento por um esforço dispendido. 

No nosso caso específico [médicos], somos afetados por essa síndrome devido às jornadas de trabalho extenuantes e às condições precárias a que somos obrigados a enfrentar para atender com o mínimo de dignidade a população carente em hospitais públicos sucateados. São muitos os sintomas que podemos apresentar, muito similares aos do estresse, mas, fundamentalmente, somos acometidos por "um estado de perda de energia e entusiasmo". Nesta situação, nos sujeitamos a cometer erro médico com muita facilidade.  

Popularmente, quando chegamos no limite máximo da paciência e dizemos que estamos de "saco cheio" ou "não aguento mais", significa que estamos entrando em estado de Bournout . É o que nós trabalhadores brasileiros estamos sentindo. 


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